segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O tigre, o menino e a consequência.


Assistindo algumas entrevistas sobre o episódio do menino de 11 anos que teve o braço dilacerado por um tigre, em um zoológico no Paraná, fiz algumas reflexões sobre o que está acontecendo conosco!
Estamos vivendo tudo muito rapidamente, tudo é fast. A comida é fast, o brinquedo é fast, a vida é fast e a satisfação também tem que ser fast. Quando uma criança perde em um jogo de vídeo game é só aguardar um momento ou reiniciar que a vida surge novamente. Com isso a realidade fica totalmente distante e esquecemos de transmitir aos nossos filhos um item importantíssimo: a consequência.
No dicionário consequência é fato ou acontecimento que segue ou é resultado de outro;  correspondência lógica entre a conduta de uma pessoa e os princípios que professa.
Percebendo esta situação consigo definir que faltou ao pai ensinar a si próprio e ao filho o que é consequência.
Muitos pais são permissivos, acreditando que desta forma tudo fica mais fácil. Puro engano.  Um pai que vê seu filho ignorar sua orientação e em seguida não acatar uma regra da instituição, neste caso o zoológico, não parou em nenhum momento para pensar, justamente nas consequências que isto poderia acarretar.  
Como pai eu posso ser permissivo, mas existe uma regra e ser respeitada, uma lei e a mesma foi totalmente ignorada. Não falo apenas deste episódio, falo de tantos pais, que permissivos, em busca de afeto, deixam seus filhos ignorarem as regras porque fica mais fácil.
Em uma das entrevistas, li que deveria haver um guarda ali, cuidando para que a regra fosse cumprida. Quando educamos nossos filhos, queremos que eles hajam educadamente, principalmente quando não tem ninguém supervisionando. Isso sim é sinal de que a educação foi válida e que a criança entende o que é consequência.
Se precisarmos a todo instante vigiarmos nosso filhos, para que as regras sejam cumpridas, para que haja obediência e respeito, a educação não existe , dando espaço para o medo e a falta de respeito.  E foi justamente isto o que aconteceu, uma forma displicente de não perceber a consequência e muito menos de saber lidar com ela.
E você? Já conversou com seu filho sobre o que é consequência?