segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um mundo melhor para os nossos filhos ou filhos melhores para o nosso mundo?

Pesquisando sobre família, filhos e vida saudável, encontrei este texto que fala sobre filhos melhores para nosso mundo. Gostei muito, escrevi para o autor Flavio Lettieri, parabenizando-o e também  pedindo permissão para postar aqui. Permissão concedida! Então Boa leitura!!! 



Em maior ou menor escala, qualquer pessoa sensata concordaria com a frase: “precisamos deixar um mundo melhor para os nossos filhos”.

Frase forte, impactante e absolutamente pertinente visto que a pouca atenção dada à sustentabilidade tem comprometido seriamente as nossas relações com o meio ambiente.

É também uma frase de apelo emocional, que cria nas pessoas certo sentido de responsabilidade com a vida e com o futuro, afinal construir um mundo melhor para os nossos filhos é também construí-lo para uma parte, talvez a melhor, de nós mesmos.

Mas, eu acho que está faltando algo a essa idéia. Falta a contrapartida dessa frase...

Fico então me perguntando o que vem primeiro: Deixar um mundo melhor para os nossos filhos ou deixar filhos melhores para o nosso mundo?

Acredito que as duas coisas são absolutamente integradas e complementares, mas, enquanto a primeira, felizmente, vem ganhando força, a segunda parte, muitas vezes, tem sido deixada de lado.

Talvez por ser mais complexa e bem mais difícil do que a primeira.

Criar um hábito de separar o lixo para a reciclagem é bem mais simples do que trabalhar valores.

Estabelecer rotinas para reduzir o consumo de água e luz em casa é bem mais fácil do que impor limite aos filhos.

Por quê?

Porque o grau de compromisso é bem diferente nos dois casos.

Acredito que para deixarmos um mundo melhor precisamos adotar algumas ações, enquanto para deixarmos filhos melhores precisamos adotar outras atitudes. E, muitas vezes precisamos lidar com escolhas e mudanças. E isso, certamente, é bem mais difícil.

Nossa própria percepção de certo e errado, ou melhor, de mais ou menos errado, também parece estar sendo afetada.

Por exemplo, sentimo-nos indignados ao ver alguém arremessando uma latinha pela janela do ônibus, mas, se não estivermos atentos, podemos não dar maior atenção a um jovem que não cede seu assento para um idoso.

No último final de semana levei meu filho a uma festa em um buffet infantil. Fiquei observando como as crianças atropelavam a quem estivesse à frente de sua passagem. Não se davam nem ao trabalho de falar “um sai da frente”. Pedir licença? Nem pensar.

E aquilo era uma situação completamente normal. Alguns achavam até bonitinho ver o “entusiasmo” dos filhos.

Entendo que é difícil...

Afinal, são tantas preocupações: contas a pagar, conflitos na empresa, problemas de relacionamento, crise econômica, etc.

E ainda, educar filhos.

Esses seres sem manual de instrução ou controle remoto, com altíssimo custo operacional e ainda com vontades próprias que, na maioria das vezes, não coincidem com as nossas.

Na verdade, eu não entendo que seja difícil. Que me desculpem a sinceridade os pais relapsos, temerosos, ocupados, descomprometidos, assustados, desinformados, etc., mas não acho que a questão seja a dificuldade em educar os filhos e sim a falta de compromisso com a própria escolha de tê-los.

Escolher ter filhos é escolher assumir uma grande responsabilidade. Muito maior do que o atendimento a um cliente, a entrega de uma mercadoria ou uma viagem de negócios.

Isso é tão óbvio quanto à frase: “precisamos deixar um mundo melhor para os nossos filhos”. Mas, na prática, o que vemos acontecer é algo diferente: “Vou pagar uma boa escola na expectativa de que ela prepare uma pessoa melhor para o mundo enquanto eu cuido da minha carreira para poder pagar essa escola”.

Na verdade, delega-se essa responsabilidade e, muitas vezes, sem fazer o devido acompanhamento dos resultados. Pior, acredita-se que é possível delegar aquilo que é indelegável.

Deixar um mundo melhor para os filhos caminha lado a lado com deixar filhos melhores para o mundo. E, para isso, só existe um jeito: Assumir essa responsabilidade como uma prioridade.

Se o investimento vale? Não sei! Afinal, escolher envolve perdas e ganhos.

Mas uma coisa eu sei: É essencial ter clareza e consciência da escolha que se está fazendo.

Ser uma pessoa melhor para deixar filhos melhores para o mundo, eis aí um bom desafio...

Um abraço.

Flávio Lettieri


domingo, 14 de novembro de 2010

Fui entrevistada pela jornalista Vanessa Xavier  sobre o comportamento dos nossos filhos frente à internet. A entrevista foi postada no blog " Dedinho Digital". Convido você a ler a entrevista e visitar o blog.
Boa leitura!
                                                                                                                               *Por Vanessa Xavier


Os pais não podem privar o filho de ter acesso à Internet. Foi com essa frase que a psicopedagoga Debora Corigliano, palestrante e autora do livro Orientando pais, educando filhos, começou a entrevista concedida ao blog Dedinho Digital. Quando perguntada como os pais devem agir com relação à Internet ela enfatiza “Os pais devem organizar uma rotina de atividades diárias com a participação do filho nesse processo, já que, assim, ele mesmo determinará o tempo para cada atividade, incluindo o tempo de acesso à Internet.”
A mudança no aspecto comportamental da geração nascida após o advento da Internet, quando comparada com as anteriores, está relacionada à quase ausência de experiências concretas. Ou seja, essa geração tem acesso fácil à fonte de informação, no entanto está mais restrita a experiências concretas. “Elas conseguem visualizar um parque em outro país, porém não andam a pé pelo quarteirão de suas residências”, comenta a psicopedagoga.
Outra diferença fundamental de comportamento é que hoje as crianças estão mais questionadoras, o que, segundo Debora, deve ser valorizado. “Por outro lado vejo pais que não estão dispostos a responder ou a participar desse momento. Dessa forma as crianças buscam fora de casa as respostas para todos os questionamentos e é aí que os valores familiares se perdem.”
Quando perguntada sobre o papel da escola nesse processo de educação e aprendizado da nova geração, Débora comenta que já se deparou com educadores que lecionam na mesma turma, com faixa etária de oito anos, mas que se esquecem que a criança de oito anos hoje é diferente da de cinco anos atrás.


“A escola precisa ser motivadora, interessante e inovadora”, completa Debora.

A psicopedagoga deixa a dica: Conheça os sites de relacionamento que seu filho acessa e fique de olho por onde ele navega.


Bog Dedinho digital : http://dedinhodigital.wordpress.com/

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E a família, como vai?

E a família, como vai?


Hoje em dia há uma busca constante no resgate a família. Chamam-na de família moderna. Idealiza-se uma família harmoniosa, focada na integração e satisfação de seus componentes. Vemos isso estereotipado nos comerciais de TV, nos folders dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, nos cartazes que anunciam carros, roupas e utensílios. Porém esta foto da família perfeita há muito não se retrata mais.
As famílias rotuladas como as tradicionais, são compostas por pai, mãe e filho, porém nada se tem de tradicional. A mãe trabalha fora , o pai trabalha e estuda a noite, os filhos ficam na escola em período integral , ou possuem uma agenda super lotada para suprir a ausência dos pais. O que tem isso de tradicional?
Já as famílias que são rotuladas como “família moderna”, são compostas por uma variedade dinâmica. São mães com filhos, pais com outros filhos, mães com namorados e filhos, avós que cuidam dos filhos e da mãe que é solteira e assim por diante.
Não estou aqui para criticar nenhuma formação familiar, estou sim, para valorizar o que se tem como família. Se o caso é apenas mãe e seu filho, que a valorização familiar esteja intrínseca em tudo o que fazem. Que os bons hábitos tradicionais de uma família estejam presentes em sua formação, como alimentar-se a mesa, dormir em cama separadas, respeito mútuo, e assim por diante.
A família (pessoas que moram na mesma casa) deve buscar a harmonização. Hoje vejo muitos pais que preferem ficar fora de casa após o expediente, pois sabem que ao chagar em casa haverá briga e desentendimento.
Não existe uma receita pronta para solucionar este dilema familiar, existe sim, uma enorme vontade de acertar. Um desafio em construir uma família melhor, não financeiramente falando, repleta de bens materiais. E sim esbanjando um relacionamento feliz e assertivo.
É nessa estrutura que apresento a palestra “ E a família, como vai?” . Uma palestra dinâmica com aproximadamente 90 minutos de duração.

Quando uma família vive em harmonia, as crianças refletem esse bem estar e vivem felizes.

Entre em contato para conversarmos sobre esta palestra.
Palestrante : Debora Corigliano – Psicopedagoga.