sábado, 30 de outubro de 2010

São tantas emoções!

Esta semana fui assistir a uma palestra com o Dr. Ivan Capelatto e seu filho Dr. Iuri Capelatto.


Sou fã do trabalho do Dr. Ivan e da pessoa que ele se mostra e agora passei a ser fã também do Dr. Iuri. Tietagem a parte, quero comentar aqui sobre o tema da palestra: As emoções na adolescência e na infância.

Esse assunto muito me interessa, primeiro por ser mãe de dois adolescentes, depois por questões profissionais. Falar sobre “emoção” não é algo muito fácil, claro que para o Roberto Carlos é mais tranquilo, pois “são tantas emoções “...

Eles abordaram aspectos da emoção muito importantes: a maturidade emocional. Todos nós precisamos de estímulos para que possamos nos desenvolver, com a emoção e a maturidade acontece à mesma coisa. Segundo o Dr. Ivan, o amadurecimento cerebral leva aproximadamente 21 a 25 anos para ficar maduro, pronto. Só aí podemos falar que o individuo é maturo. Até essa idade, qualquer pessoa precisa de pais presentes, referência, apoio, afeto, carinho, presença... presença....presença. Ah! Mas você pode falar, meu filho tem 19 anos e já faz faculdade fora e mora sozinho! Eu digo, que bom! Porém ele continua precisando de pais presentes, de carinho, de referencia, de presença, de respeito e de muito apoio.

Depois de uma explicação muito clara sobre a maturidade, eles comentaram sobre a vida emocional do adolescente, a busca eterna do prazer. Pois percebemos que o adolescente parece nunca estar saciado. Este prazer está sob a responsabilidade da dopamina que traz para este adolescente esta sensação. Porém a dose de dopamina na adolescência é pouca, por este motivo o adolescente sai numa busca desenfreada pelo prazer que às vezes é substituído pela adrenalina. Essa fonte inesgotável pela busca do prazer, às vezes leva o jovem às drogas, ao álcool e ao sexo mais intenso. Por esse motivo, eu sempre faço um alerta aos pais: Sejam presentes na vida de seus filhos. Essa pequena atitude fará a diferença!

Realmente foi uma palestra muito informativa e muito importante. Valeu!



domingo, 17 de outubro de 2010

No dia 26 de setembro foi publicado uma reportagem falando sobre o castigo e as palmadas. Fui entrevistada pelo Jornal A Tribuna de Vitória - ES
Vale muito ler a reportagem!

ENTREVISTA DEBORA CORIGLIANO
Castigo não é fazer criança sofrer
A psicopedagoga Debora Corigliano,especialista em Educação
Infantil, autora do livro “Orientando Pais, Educando Filhos” e criadora
do Projeto Pais e Filhos, em que trabalha com orientação em escolas e empresas, diz que é contra palmadas e que os pais devem evitar chegar ao ponto de usarem esse artifício.
A TRIBUNA - Com a discussão da lei que ficou conhecida como
“Lei da Palmada”, como a senhora acredita que os pais devem agir para impor limites?
DEBORA CORIGLIANO - O assunto é polêmico, mas, pessoalmente, sou contra bater nos filhos,mesmo que seja aquela palmada que chamam de educativa. Há várias maneiras de orientar e educar uma criança sem a violência. O que acontece é que o pai falauma, duas, três vezes, chantageia e depois perde o controle e acaba batendo,
beliscando.
> Qual seria a solução?
O pai não pode deixar chegar a esse ponto, de ter de falar várias vezes. Imagine um elástico, que de um lado tem uma criança estruturada,que sabe qual o seu objetivo, e do outro, um pai desestruturado.
Por exemplo, o filho está assistindo a um desenho e o pai manda tomar banho. Ele não vai. Aí o pai perde a paciência e leva na marra, bate. Já o pai estruturado falaria para que o filho assistisse até dar a propaganda.
Se ele não fosse, com toda calma,desligaria a TV e colocaria para o
banho sem falar nada. Lá pela terceira vez, ele iria sem reclamar.
> Mas dá para se manter semprecalmo?
Existem outras situações, como as de perigo, por exemplo. Vejo que muitos pais, quando a criança sobe em algum lugar, arrancam a criança e dão um tapinha.O certo é descê-lo, ficar na altura dele, segurá-lo e dizer que não gostou do que fez, pois é perigoso. O grande problema é que, quando é para repreender, muitas mães falam
manso: “Olha não pode subir aí, filho”. Ele não vai obedecer.
> Quanto ao castigo, então, o que os pais podem fazer?
Primeiro, temos de entender que o problema de dar um tapinha só é que vai chegar um momento em que o pai tem de dar um tapa mais forte. Depois de um tempo, esse tapa também não adianta
mais e a criança não liga. Ela fica cada vez pior.Sempre oriento que, se vai castigar,punir ou partir para a perda de privilégios, como queira chamar,tem que ser diretamente relacionadoao ato.
> Como assim?
Se o menino não arrumou o quarto, não tem que tirar o computador
ou a televisão. O objetivo do castigo não é fazer a criança sofrer.
Ela tem que aprender com o erro.Se ela não arrumou o quarto,ela pode ter que arrumá-lo por uma semana perfeitamente, por exemplo.
Se está indo mal na escola, pode ter que estudar em casa mais horas
ou ler um livro e depois contar o que aprendeu.
> E quanto às táticas de colocarnos chamados cantinhos?
Com as crianças menores, pode até funcionar, mas no máximo 2 minutos. Ninguém vai ficar pensando no que fez por uma hora e meia. Nem nós, que somos adultos.Não se pode trocar a finalidade do cantinho também. Cama é lugar gostoso para dormir e não deve ser associada ao castigo.
PALAVRA DE ESPECIALISTA
“Não basta só tirar algo que as crianças gostam. Tem de ser algo relacionado ao que fez de errado”
“O problema de dar um tapinha só é que vai chegar um momento em que o pai vai ter de dar um tapa mais forte”

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DIA DO PROFESSOR

PARABÉNS PROFESSOR!!!!! VOCÊ É ESPECIAL....


Professor... Exemplo

Antigamente professores e médicos tinham o mesmo respeito perante a sociedade. Quando um pai ou mãe falavam:- meu filho é um professor ou meu filho é um doutor, a reação positiva era a mesma. Hoje o professor perdeu um pouco seu mérito, devido às mudanças sociais e a desvalorização da profissão. Atualmente a média salarial de um professor é muito diferente relacionada ao médico. Porém uma coisa se manteve, a importância do professor dentro do processo de aprendizagem. O professor é muito importante, talvez nem ele próprio se dê conta de sua real acuidade e do peso que suas atitudes e exemplos exercem em seus alunos. Desde a educação infantil até o ensino superior, o professor tem por obrigação ser exemplo para seus alunos. São exemplos simples como o respeito, a dignidade, o diálogo entre muitos atributos fáceis do nosso dia – a – dia. Não devemos esquecer que até o médico precisou de um professor!

Um bom professor precisa conhecer bem seus alunos, não estou dizendo “cada” aluno dentro de suas particularidades, que também é muito importante, e sim tudo o que se relaciona a faixa etária que ele pertence.

Às vezes vemos professores com a mesma turma há anos, e comentam que isso facilita muito o trabalho porque já conhecem tudo sobre essa idade, ledo engano, pois as crianças evoluem. Seu aluno de 8 anos de hoje é diferente do aluno de 8 anos há 5 anos passados. Por esse motivo o professor deve conhecer bem as necessidades, mudanças físicas, emocionais e ansiedades de cada faixa etária. Isso facilitará muito o relacionamento com os alunos e sua tarefa na educação será mais tranqüila.

Professores de pré – adolescentes devem saber que seus alunos estão passando por uma transformação física e emocional. São crianças que esbarram muito nos objetos, e os deixam cair, são crianças que estão ora extremamente felizes e em outros momentos tristes e calados e assim por diante. Várias alterações no comportamento do pré- adolescente acabam por prejudicá-lo dentro da aprendizagem. Se o professor conhece bem essa fase, saberá lidar melhor com seus alunos e eles perceberão essa situação e farão da relação de vocês algo saudável e positivo.

Essas informações seus alunos são facilmente acessíveis através de sites na internet, livros sobre o desenvolvimento infantil. Busque conhecer melhor o comportamento de seus alunos, troque idéias com seus colegas, façam reuniões entre professores que atuam com a mesma faixa etária e se cada um trouxer uma informação pertinente ao grupo, com certeza todos sairão ganhando, principalmente seus alunos.

Você pode obter essas informações até de seus próprios alunos. Faça alguma dinâmica com eles sobre o que sentem como pensam, quais são suas atitudes nas várias situações vividas. Isso o ajudará muito, anote o que for pertinente e compare depois de alguns meses e perceba a diferença. Isso é a maturidade. Um bom professor percebe ao longo do ano a maturidade de seus alunos, use isso a seu favor.

“o professor pensa ensinar o que sabe o que recolheu nos livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que quer aprender.” Affonso Romano de Sant’ Anna.



Débora Corigliano

Psicopedagoga.