quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Uma janela para a vida!

 Eu li isto  hoje  no blog de um  amigo  e copiei na íntegra ,com a devida  autorização ...Uma excelente leitura!!!
O mundo está apressado. Nós estamos apressados.
Tão apressados que sequer temos tempo de perceber que já não temos mais tempo para nós mesmos.
Estamos apenas correndo e, muitas vezes, sem sabermos bem para onde estamos indo ou aonde queremos chegar.
E para refletir sobre o tema, compartilho nesse post um texto muito legal que recebi. Infelizmente não sei o autor para dar o justo e merecido crédito, mas deixo o meu sincero reconhecimento por esse belo trabalho que segue adiante.
“Eu era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era enorme…
Eu queria, de qualquer jeito, sentar-me junto à janela e acompanhar o voo desde o primeiro momento.
Queria sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.
Ao olhar pela janela, via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia.
Cresci, terminei a faculdade e comecei a trabalhar.
No meu trabalho, desde o início, voar sempre foi uma necessidade constante.
As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal…
O tempo foi passando, a correria aumentando, e eu já não fazia mais questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.
Perdi o encanto.
Pensava apenas em chegar e sair. Acomodar-me rápido e sair rápido.
As poltronas do corredor agora eram uma exigência. Mais fáceis para sair, sem ter que esperar ninguém.
E eu sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Mas, por um desses maravilhosos ‘acasos’ do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.
O avião estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.
Sem pensar, concordei de imediato. Peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei no avião e me acomodei na poltrona indicada: a janela.
Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
Era de um azul tão lindo. Como eu jamais tinha visto.
E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que eu desprezava aquela vista.
E pensei comigo mesmo se em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela.
Será que eu tinha deixado de olhar pela janela da minha família, das minhas amizades, do meu trabalho e do meu convívio pessoal?
Concluí que, aos poucos e sem perceber, deixamos de olhar pela janela de nossas vidas.
Percebi que a vida também é uma viagem e, se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor.
As paisagens são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que realmente nos mantém vivos.
Por isso, decidi não mais andar pelos corredores.
Quero estar sempre bem próximo da janela para não perder nenhum detalhe”.
Um carinhoso abraço.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Um rótulo para uma vida inteira !


Luciana era uma jovem mãe de duas meninas: Alice com 7 anos e Natália com 12 anos. Como muitas mães atuais, Luciana trabalha fora o dia inteiro, divide algumas obrigações domésticas com seu marido Eduardo que também trabalha muito e quase sempre até tarde da noite.
Ambos, Luciana e Eduardo sonharam em ter uma família perfeita, filhos lindos e educados, casa linda e sempre arrumada, os dois dispostos e saudáveis, freqüentando academias, fazendo cursos periodicamente para se aperfeiçoarem profissionalmente e felizes para sempre.  Mas a doce realidade não é assim.
As filhas brigam muito, pois são diferentes. Alice é uma menina calma, doce, organizada e vai muito bem na escola, já a Natália é uma adolescente desorganizada, agitada, falante, questionadora e não tem tirado notas boas. Quando pai e mãe se referem a elas, fica nítida a diferença que fazem entre as duas. Sempre reforçam que Alice é ótima em tudo e que Natália é imperfeita em quase tudo.Ambas cresceram ouvindo e vivendo estes comentários feitos pelos pais.
Normalmente as brigas que o casal vivencia, giram em torno dos perfis diferentes das filhas. Pois cobram muito de uma, cedem muito para outra e a confusão vira discussão que gera uma desarmonia familiar.  Luciana e Eduardo se vêem muitas vezes frustrados por não conseguirem viver o ideal que traçaram da família perfeita.  
Mas vamos falar um pouco das filhas... Alguns anos se passaram!
Alice hoje com 14 anos, adquiriu muitos medos e é insegura. Manter-se no perfil traçado e reforçado pelos pais a fez adquirir alguns medos, pois jamais iria decepcioná-los. Preferiu sempre optar pelo que já sabia e se sentia segura, com isso privou-se de se arriscar, de participar de algumas oportunidades, de se relacionar com novos amigos, pois se algo desse errado os pais não a veriam mais como a certinha, a educada ou a perfeitinha.
Já a Natália, cresceu ouvindo que era a bagunceira... nunca tentou mudar, ou melhor tentou muitas vezes,mas ninguém percebeu pois  sua fama era maior que qualquer tentativa em demonstrar algo que podia fazer perfeitamente. Com isso,  ela tentou mostrar para outras pessoas que poderia ser boa. No grupo de amigos ela era a mais atirada, falante e saia com muitos rapazes,tendo a fama de “piriguete” da escola.  Nos estudos era bem esperta, pois como se sentia sempre a má aluna,buscou alternativas para suprir isso,colando sempre nas provas, comprando trabalhos de outros alunos e sempre dando um “jeitinho” para conseguir o que queria . Caso alguém descobrisse as falcatruas a resposta era sempre a mesma: - Eu sou assim mesmo,não tenho mais jeito! Pois foi isso que ouviu a infância inteira.

Pois bem caro leitor, colocar rótulos em nossos filhos pode ser muito perigoso.Tanto os rótulos positivos como os negativos.  Devemos observar nossos filhos e ajudá-los , com parâmetros reais, pois um quarto desarrumado não significa que ele será eternamente um bagunceiro. Pense nisso!!!

terça-feira, 28 de maio de 2013

O que é ter luxo?



Recentemente fui ao Encontro do Luxo com minha filha que está estudando moda. Foi uma experiência inédita, pois se trata de um evento grandioso envolvendo grandes marcas, moda, estilos e muito luxo!  Realmente um evento muito bem organizado! Circulavam ali pessoas lindas, bem vestidas segurando suas taças com prosecco, falando sobre beleza, moda e muito mais. Para minha filha, seu futuro habitat natural, para mim um momento de observação do comportamento humano.
A palestrante era nada mais, nada menos que Glória Kalil.  Uma mulher especial na beleza, na simplicidade e na clareza ao falar.
Ela iniciou o bate papo comentando sobre uma pesquisa que fizera para entender sobre o luxo. Nesta pesquisa  perguntou-se  para pessoas que não tinham acesso ao luxo: O que era ter luxo?  A resposta que mais se repetia, era a que descrevia o luxo como sinônimo de ter casa cinematográfica, carros de luxo, jóias, viagens para o exterior, barcos luxuosos, etc.. A mesma pergunta foi feita para as pessoas que possuíam esses bens... E a resposta foi unânime: Ter luxo é ter tempo! Neste momento a própria Gloria brincou com a platéia e disse: Então meu vizinho é extremamente  luxuoso, pois ele está desempregado e tem todo o tempo do mundo!
Essa história contada pela Glória Kalil me fez refletir... O que temos feito com nosso tempo?
Trabalhamos demais e não temos tempo para outras atividades? Ocupamos demais nossa agenda e vivemos reclamando da falta de tempo? Quando nos sobra um tempinho, estamos cansados demais e dormimos  ao acordar  temos  a sensação de que não aproveitamos o tempo?  Perdemos tempo ...ganhamos tempo.... abusamos do tempo...
O que realmente nos consome o tempo é o que realmente nos trás prazer?
São muitas reflexões que devem ser avaliadas, pois o tempo não volta.
William Shakespeare fala que  : “O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam , muito curto para os que festejam mas, para os que amam, o tempo é eterno.”

E você? 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Como escolher uma escola de educação infantil para seu filho!


A primeira escola, a primeira escolha, quanta responsabilidade!  Chegou a hora de levar seu filho ou filha para vencer uma nova fase. Toda criança precisa de criança e a escola é o melhor lugar para esse exercício social. 
Como saber qual a escolha certa? Simples, comece pesquisando.
Escolha escolas que sejam perto ou estejam no seu caminho diariamente. Ligue para saber se a escola marca hora para visitação ou você poderá ir  em qualquer horário . Desconfie das escolas que agendam horário, normalmente verá algo preparado para você e não a rotina habitual.
Ao chegar na escola, converse com a coordenadora, ela com certeza será a pessoal ideal para lhe mostrar tudo.

Fique atenta a pequenos sinais:
  • Olhe as crianças, veja se estão felizes, brincando livremente e  com  a higiene  adequada.
  • Olhe os funcionários, se estão com vontade de trabalhar, se são carinhosos com as crianças, se usam  uniforme , se estão com cabelo preso e se tem as unhas limpas e curtas.
  • Olhe o lugar, se está higienicamente limpo e arrumado, se tiver arrumado demais, desconfie. Lugar onde crianças brincam livremente com certeza deve haver uma pequena desordem. Se estiver arrumado demais é sinal que as crianças não brincam, se tiver bagunçado demais é sinal que as crianças brincam e não são orientadas a arrumar e manter a ordem.
  • Olhe os banheiros, perceba se há vaso sanitário para crianças, espelho e pia na altura delas. Isso indica que são estimuladas a realizar sua higiene.
  • Se a escola fornecer qualquer tipo de alimentação, olhe a cozinha com cautela, veja se a funcionária usa touca e luva, se os utensílios são esterilizados, e se possível peça para olhar o momento de alguma refeição. Se a escola lidar com isso tranqüilamente, irá oferecer o alimento para você experimentar.
  • Pergunte como a escola lida com regras, dê um exemplo de alguma “arte” que seu filho faz em casa e pergunte como a escola agiria nessa situação.
  • Peça para ver o material pedagógico da escola, mesmo se for uma turma de crianças de 2 anos, vale a pena ver como é  realizada  a proposta para essa faixa etária.
  • Pergunte das atividades extras curriculares, se são professores capacitados e se há alguma referencia masculina na escola.
  • Dê preferência por visitar a escola no meio da tarde ou no meio da manhã, pois nestes horários a escola está em pleno vapor e ficará mais fácil conhecer a rotina escolar.
  • Pergunte sobre o processo de adaptação. Se for gradual, ótimo, pois você e seu filho passarão por este  momento e precisam ser acolhidos adequadamente. Caso a escola informe que a adaptação dura um determinado tempo e se a criança não se adaptar devolve o dinheiro, desconfie, pois se existe esta pratica é sinal que as adaptações não são bem sucedidas.
  • Use seu bom senso, pois você deve se sentir bem no ambiente da escola. Às vezes uma escola é ótima para você e seu filho e não é boa para sua melhor amiga e o filho dela.
  • Converse com pais que tenham filhos na escola que você tem intenção de visitar, essa prática pode ajudar muito na hora de decidir.

Espero que com essas dicas você sinta-se mais seguro (a) para realizar a pesquisa e finalmente decidir qual a melhor escola para seu filho.  


sábado, 13 de abril de 2013

Orientando Pais educando filhos



Apresento para vocês o livro : Orientando Pais, Educando Filhos de minha autoria,publicado pela Editora Autores Associados.

Quando nos tornamos pais , buscamos o melhor para nossos filhos. Às vezes o que achamos ser o melhor, torna-s no futuro um erro a ser corrigido. Outras  vezes falamos “ Sim “ demais  tentando deixar o mundo mais bonito aos olhos de nossos filhos , outros momentos  só  falamos “ Não”  tentando prepara-los para a dura vida que esta por vir.

Este linear entre o que queremos fazer e o que corretamente devemos fazer  nos faz questionar muitas coisas, repensar ações e arriscar em teorias experimentais , sem pensar muito nas conseqüências.
Tudo é muito simples, amar é simples quando  há respeito, ser amado é  tranqüilo quando aceitamos o sentimento do outro . Porém nós, tornamos a tarefa de amar nosso filhos e educa-los, em um fardo pesado e por várias vezes queremos  passar essa responsabilidade para terceiros ( escola, avós, babás, etc).
O livro Orientando pais, educando filhos de Debora Corigliano, não tem a pretensão de ser um manual ou cartilha para os pais, ele é apenas uma coletânea de textos sobre  educação de filhos, respeito, carinho e convivência feliz.  
Todos nós temos inteligência para focar nas mais diversas áreas do conhecimento. Nossa inteligência emocional também deve focalizar  e  ser trabalhada para colaborar  em nossa performance profissional e pessoal. Quando falamos em educação de filhos, esquecemos que temos que ter habilidades e inteligência para tal.  Podemos direcionar nossa inteligência emocional para este campo , pois Orientando pais , educando filhos  é um livro que contribuirá muito para isso.
O controle das emoções é essencial para que o cérebro possa trabalhar com tranqüilidade. Quando como pais, estamos vivendo situações conflituosas ou atravessando momentos problemáticos geralmente não conseguimos nos concentrar e nem manter o autocontrole .
Para tanto precisamos ter a capacidade de concentração em tudo o que se refere à educação de nossos filhos. É importante citar que para conseguirmos esta capacidade de concentração necessitamos exercitar algumas aptidões:
ü Não perder o controle, mesmo em momentos difíceis.
ü Ser confiável e inspirar confiança.
ü Ser capaz de reverter uma situação negativa e nunca desistir.
ü Ter habilidades de lidar com  múltiplas solicitações e tarefas ao mesmo tempo.
ü Saber ouvir e ter reciprocidade na hora certa.
ü A capacidade de ajudar , ensinar sem criticar ou menosprezar
ü Dar amor , carinho e respeito para que naturalmente seu filho faça o mesmo.

A partir dessa base emocional, podemos lidar com várias situações que ao longo da vida dos nossos filhos nos pegam de surpresas.
Este livro “ Orientando pais, educando filhos”,  aborda temas importantes e reais do dia – a – dia de crianças  que precisam dos pais como referencial , como porto seguro para  a caminhada  da vida.
Crianças precisam conviver com crianças , este tema é abordado com o objetivo  de valorizar a convivência saudável e significativa que  a criança  precisa para se desenvolver. Aos pares tudo fica mais fácil , a experiência do outro acaba por ajudar sempre.
Como  organizar as regras  e realizar combinado dentro da educação que eu quero para meu filho? Este tema abre um leque de sugestões que facilitam  a convivência saudável  dentro de limites e permissões.
Assuntos como “ medo”,  “ morte”,  “ ciúme” ,   “ consumismo infantil ”, entre outros  , fazem parte da vida de uma família saudável . Levantar estas questões, às vezes trazida pela própria criança , e conduzi-las de forma coerente é um aprendizado para todos. Esse  contexto é abordado no livro “Orientando pais, educando filhos”,  de forma pratica e salutar, ajudando os pais a  conduzirem  a questão com muita tranqüilidade.
Dicas sobre a escolha da escola e a melhor hora para ingressar o filho na vida acadêmica, quais os melhores brinquedos para meu filho de acordo com sua idade, adaptação ao convívio escolar  e como proporcionar férias agradáveis ao meu filho, mesmo estando trabalhando , são assuntos que orientam e facilitam  , na maioria das vezes , as dúvidas que muitos pais apresentam na hora de tomar uma decisão assertiva sobre a nova fase da vida de seu filho.
Temas polêmicos  como sexualidade: ajudando a cada nova fase , separação dos pais, dormindo  entre os pais , participação dos avós na educação dos filhos são abordados de uma forma  que leva o leitor a  pensar, conhecer experiências que deram certo e refletir sobre o melhor caminho a ser tomado quando surge  o assunto dentro do contexto familiar.
Com esta gama de temas , meu  livro é indicado para  leitores  que são pais, avós, educadores e que acreditam na educação como forma de valorizar o ser humano e ajuda-lo a ser cada vez melhor. Se cada um começar  a rever sua forma de lidar com seus semelhantes , com certeza o mundo será melhor. É nossa obrigação como pais e educadores a fazer  algo para tal.
Qual será sua contribuição na educação de seu filho?
Leia o livro  “Orientando pais , educando filhos”  e reflita.......


Debora Corigliano 

domingo, 24 de março de 2013

Você sabe ler?



Com certeza ao ler esta pergunta você pensou... É  claro, se não  como estaria respondendo.
Mas esta pergunta vai além da decodificação das letras.  Qualquer pessoa alfabetizada consegue ler, mas nem todas as pessoas alfabetizadas conseguem entender o que lêem.
Em função do meu trabalho como psicopedagoga, encontro-me frequentemente com coordenadoras de escolas do ensino fundamental 1 e 2 e também do ensino médio, a queixa unânime é a falta de interpretação de texto , que estes jovens apresentam. 
Uma coordenadora de um excelente colégio de Campinas,  me reportou que seus alunos estão com sérias dificuldades de interpretação de textos e acabam sendo prejudicados em quase todas as matérias. Ela alega esta defasagem,  ao fato de que os jovens estão acostumados com tudo muito rápido e objetivo , devido às redes sociais e que quando um texto é mais elaborado não há concentração para leitura completa e uma interpretação significativa  . Eu completo a fala desta coordenadora afirmando que não só os jovens, mas muitos adultos também acabaram se acomodando e quando um texto , seja ele de um livro ou um site, pede do leitor uma interpretação ou mesmo uma atenção mais apurada a situação se complica.
Vamos entender primeiro o significado da interpretação de texto, ou melhor, dizendo , da compreensão de um enunciado que nada mais é do que o processo de transformação do conteúdo da fala percebida em seu significado. Para que isso aconteça o receptor, pessoa que lê ou ouve a mensagem, deverá ser alfabetizado e também letrado.
Quando eu era pequena , sempre que minha mãe se referia a alguém “letrado” citava uma pessoa estudada , que falava e escrevia muito bem. Hoje não é diferente.Dentro do estudo da Psicolinguística  encontramos   a definição de alfabetização e também do letramento, que reproduzo a seguir:
Alfabetização: Ação que torna o sujeito capaz de ler / escrever  letras e decifrar o código da escrita.(Godoy e Senna, 2011)
Letramento: Busca promover, por meio de práticas de escrita, uma relação intrapessoal com todo um domínio cultural a ser representado como conceito para o indivíduo. ( Godoy e Senna,2011)
O letramento antecede, acompanha e ultrapassa o movimento da alfabetização. Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis , ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando ou seja  :ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita,de modo que o individuo se tornasse , ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado ( Soares, 1998, p.47)
É esta a motivação que temos que transmitir aos nossos filhos , ler e compreender, interpretar e identificar o significado de uma leitura é uma ação mágica, pois abre um mundo repleto de possibilidades!
Eu me preocupo quando, em meu consultório, atendo jovens que afirmam não gostar de ler e que quando são obrigados, procuram um livro com poucas páginas e letras grandes.  Neste momento me pergunto: Jovens assim terão qual futuro profissional? Qual futuro cultural? Qual atitude social?
Conheci há pouco tempo um vídeo sobre uma menina que odiava livros. Ele mostra,  de uma forma divertida,   como o universo da leitura pode mudar a vida das pessoas. Vale conferir deixo aqui o link:  http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q (A MENINA QUE ODIAVA LIVROS)

Ler é muito mais que decodificar palavras, é aprender, descobrir coisas e lugares que nem sequer imaginaríamos existir. 
Deixo aqui um apelo aos pais....  Incentive seu filho a ler, comece por pequenos textos ou livros do interesse de seu filho, promova momentos de leitura em sua casa. Dê livros de presente, leve seu filho a livrarias e se você não tiver condições financeiras para adquirir livros novos, visite os “sebos” .
 Pessoas que lêem mais, são mais legais! (Retirado do site  super abril.com.br)
Pesquisadores da Universidade de Washington e Lee (EUA) constataram esse efeito com um teste bem simples: colocaram voluntários para ler uma história bem curtinha, fizeram algumas perguntas para identificar o quanto cada um tinha curtido o que leu e aí derrubaram, sem querer querendo, um monte de canetas no chão. O estudo conta que, quanto mais “transportadas” para dentro da história as pessoas tinham sido, maiores eram as chances de levantarem o bumbum da cadeira para ajudar a recolher as canetas.
A explicação é que quando lemos algo que realmente mexe com a gente, criamos empatia pelos personagens da história — e quanto maior essa empatia, mais propenso a gente fica a ser bacana com os outros na vida real. E você aí, anda lendo muito?

 Abra um livro, leia.... Abra um mundo de possibilidades,  aprenda...e viva mais feliz!!!!

domingo, 3 de março de 2013

Você vive ligado no “ automático” ! Um sinal de alerta.


Há pouco tempo temos visto nos noticiários casos de pais que esquecem seus filhos no banco de traz do carro, levando-os a morte. Isto é classificado como fatalidade ou uma grande tragédia.  Mas porque isso acontece? Porque um pai que ama seu filho, simplesmente o esquece no carro? Qual pensamento estava na cabeça deste homem a ponto de esquecer um filho?  Estas e tantas outras perguntas são feitas quando lemos uma notícia como a que aconteceu em Divinópolis há pouco tempo.  Um pai, carinhoso e dedicado tinha naquela fatídica manhã dois compromissos, o primeiro seria levar seu filho a casa da babá e o segundo de iniciar seu turno no trabalho em um novo horário. Pensando friamente são duas ações básicas que deveriam acontecer com sucesso. Mas para este pai, não aconteceu... porquê?
Você em algum momento de sua vida, já foi dirigindo do trabalho para casa, com o pensamento tão distante que não percebeu o que aconteceu durante o trajeto? Como por exemplo, se os semáforos estavam abertos ou fechados, qual música tocava no rádio, etc.. E quando você chega em casa se dá conta que deveria ter passado na padaria para comprar o pão, mas essa ação se apagou totalmente de sua mente. E ao refletir se pergunta: como isto pôde acontecer comigo?
Pois bem isso acontece geralmente com pessoas que estão o tempo todo avaliando o passado e programando o futuro que tiram de sua mente o presente.  Exemplificando: você saiu do trabalho pensando nos problemas que você não conseguiu resolver ao longo do expediente (passado) e nas possíveis ações para resolvê-los no dia seguinte (futuro) que não teve espaço para viver o trajeto até a sua casa,a compra do pão na padaria e curtir a música no rádio (presente).
Isto é um vício que as pessoas estressadas estão adquirindo: Vivem ligadas ao automático, pois o pensamento está nas pendências e nas resoluções.
Meu leitor amigo, se você está deste jeito... Pare tudo agora e preste atenção. Você não irá solucionar todos os problemas desta forma, você ira pelo contrário adquirir mais e mais.
Vamos voltar ao caso desses pais que esquecem seus filhos no carro, ou esquecem de buscá-los na escola, ou esquecem de comprar algo ou até mesmo uma data importante, essas pessoas perderam a noção do hoje, pois a vida gira em torno do ontem e do amanhã.
Treine seu cérebro para ajudá-lo a não esquecer quando houver uma mudança de rotina.
·         Alterne os trajetos entre sua casa e o trabalho. Isso fará com que você foque a atenção  ao percurso e fique mais ligado.
·         Use pequenos artifícios para ajudá-lo a lembrar de ações que fogem a sua rotina. Quem não lembra do barbante amarrado ao dedo para lembrar de algo? Pois bem faça a sua estratégia, o importante é não esquecer o compromisso.
·         Combine com alguém da família para ajudá-lo a lembrar. Por exemplo, se você não tem o hábito de levar seu filho para a escola e hoje terá que fazê-lo, combine com sua esposa para que ligue para você após o horário da entrada da criança a escola para se certificar que tudo deu certo.
·         Use a tecnologia a seu favor. Programe seu celular com alarmes e lembretes.
·         Não se acomode na rotina. Tente sempre uma maneira de mudar suas ações regulares para ativar seu cérebro.
Grandes problemas poderão ser evitados se você fizer exercícios mentais para se situar no presente e não ficar somente no passado e futuro. Use estratégias, seja criativo e retome este controle da sua vida.  Boa sorte.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Vamos falar sobre valores em família...




Hoje em dia, vivemos buscando algo para melhorar nossa qualidade de vida, nossos relacionamentos e nossa conduta profissional. Queremos ter, queremos ser. Porém na correria, acabamos pulando alguns aspectos importantes deste contexto...Os valores.

Os valores são as convicções e as idéias que temos sobre a vida, as pessoas e o dinheiro. Os valores influenciam nossos relacionamentos: como tratamos uns aos outros e como resolvemos nossas diferenças. A transmissão de valores é uma das preocupações que toda família e escola possuem. Como fazer isso no dia-a-dia? Quais valores precisam ser passados? É natural que dúvidas acabem surgindo. Não há como formar cidadãos éticos e preparados para viver em sociedade sem transmitir os valores humanos universais. Apesar de não existir respostas simples, é possível apontar caminhos a serem seguidos, com o objetivo de amenizar alguns problemas de comportamento enfrentados na sociedade atual.
Quem define os valores ?alores são relativos e diferentes em cada contexto familiar. Existem valores que servem para uns, mas não para outros. E ninguém é melhor ou pior por isso. Os professores também precisam ter isso bem claro. Questão como ética, moral e valores devem ser trabalhados dentro das escolas, mas de forma nenhuma podem ser tratadas como verdades inquestionáveis. Acima de tudo, as individualidades precisam ser respeitadas.
Os valores são os determinantes das escolhas que se faz, dos objetivos que se tem e o que se considera bem ou mau (para cada um). Para um melhor entendimento é necessário conceituar os valores. Alguns valores são gerais, todos devem conhecê-los a aplicá-los no seu dia a dia, como a verdade, a honestidade e o respeito. Outros são pertinentes a cada família.
A palavra respeito significa um valor que envolve muitas atitudes importantes como à consideração, a admiração por uma pessoa, o cuidado pela natureza, pelos animais e pelas plantas, enfim pelo mundo que nos cerca. E dignidade significa o respeito que temos por nós mesmos. Portanto, respeito é um valor que se refere a nós mesmos e aos outros, sendo que o respeito aos outros é a primeira condição para que as relações sociais aconteçam de uma maneira saudável. A aprendizagem do respeito é construída através da convivência com as pessoas que nos cercam.

. Uma conscientização aos pais sobre valores pode mudar muito o relacionamento familiar e consequentemente a vida emocional do aluno. Podemos falar também sobre as virtudes . Virtudes são hábitos positivos que levam o homem a fazer o bem. A caridade, a paciência, a tolerância, a resignação, o amor entre outras , são virtudes que devemos passar aos nossos filhos e alunos.

Atitudes práticas

• Abrace seu filho todos os dias demonstrando-lhe o valor do afeto.

• Seja exemplo em pequenas ações do cotidiano, tanto com seus filhos, como com as pessoas que o cercam.

• Visite com seus filhos instituições que abrigam crianças, pessoas idosas, para que ele entenda a dimensão da solidariedade.

• Exalte sempre as qualidades de seus familiares e amigos.

• Elogie seu filho pelas pequenas ações.

• Troque prêmios materiais por prêmios afetivos.

Um abraço
Debora

















terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ser simples... Qual o valor da simplicidade?



O que é ser uma pessoa simples? Antigamente minha mãe referia-se a uma pessoa simples, aquela que vivia com poucos recursos financeiros. Hoje ser simples vai muito além. Uma pessoa com grande poder aquisitivo pode ser simples.

Fui buscar este significado no dicionário e veja o que encontrei:

Simples: Que não é composto, que não é complicado. Sem ornatos nem enfeites. De fácil interpretação , puro e claro.Singelo , inocente, mero, natural, ingênuo,crédulo, fácil, modesto e sem luxo.

Hoje em dia temos o costume de dificultar tudo, queremos tudo rápido, enaltecemos a superficialidade, não damos crédito para quem é natural e inocente.

Precisamos repensar nossa forma de “ler” o mundo. Tudo pode ser mais fácil se for mais simples. Com isso não estou dizendo para abrir mão das boas coisas da vida. Vejo mulheres que optam pela juventude eterna e em busca disso abrem mão da naturalidade, pois esticam tanto que aquela pequena ruga de expressão deixa de existir e com isso alguns simples sentimentos também. Homens querem conquistar o mundo e deixam de apreciar as coisas simples da vida, pois passam o tempo todo trabalhando em busca do TER e esquece-se de SER.

Pais criam seus filhos, terceirizando-os em tudo. Complicam a vida da criança que precisa brincar, dormir e viver a infância de uma forma muito simples e natural.

É tão fácil viver com simplicidade. Ser simples é não ter medo de expor seus sentimentos, é aceitar o outro como ele é sem querer passar a vida tentando mudá-lo.

É falar de afeto, de conquistas e derrotas. É apresentar-se ao outro plenamente e não mascarar as imperfeições.

Precisamos dar exemplo para nossos filhos. A simplicidade é um exemplo de vida. Quando mostramos aos nossos filhos que a vida pode ser mais fácil se agirmos com simplicidade, eles aprenderão a lidar melhor com todas as dificuldades do caminho.

Valorize o simples. Comece agora, com pequenas atitudes e perceba a grande diferença!

Pense nisso e boa sorte!