quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Coisas de meninos... Coisas de meninas...


Na sociedade atual valorizamos homens que colaboram com os afazeres domésticos e nos vangloriamos quando realizamos algo tipicamente masculino. Mesmo dizendo que aceitamos essa igualdade, nos assustamos quando, nosso filho de 5 anos resolve brincar com as panelinhas da irmã mais nova ou se, nossa filha de 8 anos resolve participar da aula de futebol na escola. Como lidar com esses novos paradigmas naturalmente?
É comum ver pais reprimindo a vontade de seus filhos e filhas quando se trata de atitudes tipicamente femininas ou masculinas. Permitir que sua filha jogue futebol não a tornará masculinizada, basta que se use o bom senso.
Quando um menino quer brincar com uma boneca, ele está apenas descobrindo algo novo, o que é muito comum entre as crianças. Ele está explorando novas experiências e isso faz parte do desenvolvimento natural da criança.
É muito importante que os pais, dentro de um contexto da educação sexual, se policiem quando vão autorizar ou proibir atitudes ou brincadeiras baseadas em “coisas de meninos ou coisas de meninas”. Às vezes a proibição excessiva, leva a curiosidade, que conduz a provocação e o que era apenas uma simples atitude normal pode se transformar em um processo muito mais complicado. Um pai não deixa seu filho ter nada rosa, porém ele tem uma camisa lilás! Como explicar isso?
Do ponto de vista do desenvolvimento cognitivo, o cérebro masculino é diferente do feminino. Isso determina aptidões e interesses diversos entre meninos e meninas. Essas aptidões podem ser desenvolvidas de forma diferente. Um menino que gosta de ballet tem a sensibilidade muito desenvolvida e uma grande capacidade para uma apreciação estética, funções geralmente mais aplicadas às meninas. Isso não quer dizer que ele tenha um desvio no seu comportamento sexual.
As crianças devem claro, ser orientadas pelos pais. Mas é essencial que tenham livre arbítrio para fazer suas escolhas. Os adultos devem lembrar que meninos e meninas têm algumas diferenças, mas têm inúmeras semelhanças. Há muitos tabus em torno disso que precisam ser quebrados. Um deles, é que menino não deve chorar. Menino não só pode como deve, aliás, qualquer pessoa pode chorar. O choro é uma forma de expressão e deve ser respeitado.
Outro dia conversei com uma professora que descreveu a seguinte cena, em sua sala de aula: - Dois meninos estavam pintando um desenho e no pote de lápis havia muitas cores e entre elas o lápis cor de rosa. O primeiro menino pegou a cor citada para completar seu desenho, o outro imediatamente comentou: - Nossa você vai usar cor de menina para pintar seu desenho? E a surpresa foi à resposta dada: - Minha mãe falou que rosa é uma cor como qualquer outra, não tem essa coisa de rosa é de menina e azul é de menino. Ela disse que eu posso usar o rosa quanto eu quiser porque é uma cor bonita como o vermelho. O outro menino ficou olhando para o lápis e por fim pegou o rosa e também usou na pintura do seu desenho.
Padrões estereotipados impedem a criança de agir normalmente, pois ela fica na expectativa do que o outro vai dizer. Isso não é saudável para uma criança que está em pleno desenvolvimento, buscando experiências para formar sua personalidade.
Hoje em dia nossos filhos aprendem muito com o exemplo, a vivencia diária dentro do contexto familiar. Uma figura masculina é importante para o desenvolvimento de um menino o mesmo acontece com a menina. Um menino que mora apenas com mulheres, tem professoras, convive só com primas, não terá um comportamento aceitável dentro dos padrões culturais, pois ele não conhece outra forma de conduta. É importante dar a oportunidade para essa vivencia plena com exemplos masculinos e femininos.
O que devemos priorizar são atitudes éticas e morais para que nossos filhos possam exercer ações de cidadania e solidariedade com respeito aos outros e as suas diferenças.
Observem seus filhos, suas brincadeiras e atitudes, isso é importante no momento de definir padrões e escolhas. Dêem oportunidades para que seu filho se expresse e faça escolhas saudáveis.
Uma boa dica de leitura é o livro: Menino brinca de boneca? De Marcos Ribeiro.
Quer saber mais sobre esse assunto?
Escreva-me.

sábado, 7 de novembro de 2009

nas bancas....

Neste mês ,na revista Projetos Escolares da Editora  On Line, eu falo sobre a integração escola e família.
Esse assunto é muito abordado por ambas as partes. Pais que reclamam que a escola não oferece um espaço para uma participação mais ativa e escolas que promovem eventos e reuniões  a espera dos  pais, que comparecem em sua minoria. Quem sai perdendo é o aluno , que fica no meio desse turbilhão.
Escola e família precisam participar juntas deste contexto. Por esse motivo,  pais e educadores estão convidados a  saborear uma boa leitura sobre este tema na edição 43 desta revista.
Boa leitura.
Um abraço !

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

pedagogia para todos

Como é feito o trabalho de orientação aos pais na educação dos filhos? Pois bem... Alguns pais encontram-se em constante conflito no que se refere à educação do seu filho, tenha ele que idade for. Não sabem como agir em muitas situações e solicitam uma orientação para poder organizar o contexto familiar e viver em harmonia com o filho.
Outros procuram a orientação, pois a escola levantou o alerta e eles não sabem como agir.
Cada família que procura orientação para educação do filho, busca lidar com os conflitos de forma mais sábia e com isso tenta passar pelas fases do desenvolvimento da criança sem traumas.
Mas como de fato isso acontece? Bom... Eu já faço esse tipo de atendimento há mais de 2 anos. Os pais entram em contato comigo e pedem ajuda. Meu atendimento é domiciliar, isso facilita muito a vida do casal e ajuda muito na leitura do ambiente familiar. O atendimento acontece em encontros de 1 hora com a participação do casal ou somente de um integrante que no primeiro momento relata o motivo da procura pelo atendimento. Depois em outros encontros as orientações serão administradas pela família. Há atendimento também na escola que a criança freqüenta e com a ela própria.
Quanto tempo leva para terminar o processo de orientação? Depende do contexto da família e da gravidade do problema. Isso é particular e específico de cada família. Os resultados aparecem rapidamente e a manutenção das novas atitudes dependem da disponibilidade do casal.

Quer saber mais? Escreva-me e agende um horário!
Abraços!