quarta-feira, 31 de março de 2010

A chegada do irmãozinho! E agora?

Luiz e Claudia são casados há 10 anos tem uma filha linda de 4 anos chamada Mariana e agora acabaram de chegar da maternidade com o irmão mais novo Gabriel.
Voltando um pouco no tempo, quando Claudia soube que estava grávida , fez a coisa certa contou para Mariana da chegada do irmão e uma semana depois a presenteou com uma cama linda, desmontando seu berço e guardando para ser montado novamente quando o bebê chegasse, assim Mariana nem sentiria que seu berço lhe foi tirado para dar ao seu irmão.
Outra atitude certa que eles tiveram, foi contar para Mariana que a mãe estava grávida e que depois de um tempo nasceria um irmãozinho , mas ao longo da gravidez, evitaram enfatizar muito este assunto, pois sabiam que a Mariana ficaria ansiosa pois ela não tem a noção do tempo e a espera por algo desconhecido pode gerar mudanças desnecessárias no comportamento.
No dia que Luiz e Claudia chegaram da maternidade, além do Gabriel trouxeram um lindo boneco (bebê) para Mariana e disseram que o Gabriel havia trazido um presente para ela. Mariana ficou surpresa e comentou que como a mamãe, ela também teria um novo bebê para cuidar e que sentia que o Gabriel gostava dela pois já havia lhe presenteado.
Luiz e Claudia tentaram ao máximo não mudar a rotina de Mariana, mesmo sabendo que a rotina da casa estava toda atrapalhada. Claudia estava de licença maternidade e ficaria em casa o dia todo, várias pessoas vinham conhecer o novo membro da família, a vovó que só aparecia de vez em quando estava diariamente lá , sem contar nos choros, nas fraldas, e na aventura de ter um novo bebê em casa.
Mas para Mariana a rotina de ir a escola , continuar nas aulas de natação e brincar no playground do prédio foi mantida. Ela não seria sacrificada das atividades que lhe davam prazer em função da chegada do irmão.
Aos poucos a família foi se adaptando a nova rotina e Mariana aceitou seu irmão e conviveu com ele muito bem. Quando Claudia trocava a fralda de Gabriel, Mariana a ajudava segurando a pomada, ou levando a fralda suja até o cesto de lixo, às vezes ela aproveitava e trocava também a fraldinha de seu boneco. Quando Gabriel dormia Claudia, aproveitava o momento para dar uma atenção redobrada para Mariana. Colocava-a no colo, contava histórias e sempre valorizava suas ações. Luiz que só chegava a noite , dispensava muito de seu tempo também com Mariana, mesmo querendo ficar com o bebe, ele sabia que quem precisava dele nesse momento era a Mariana e que ele teria muito tempo para brincar com o Gabriel quando o mesmo tivesse mais idade.
Essa família , com pequenas atitudes conseguiu afastar o fantasma da chegada do irmão mais novo , mas o que fazer quando o ciúme e a inveja chegam junto da maternidade?
A criança que não foi preparada para a chegada do irmão pode demonstrar isso com reações físicas e emocionais, pois ela tem a sensação que está sendo excluída.
Choros, falta de apetite, fácil irritação , não querer se afastar dos pais , são sintomas característicos de crianças que estão passando por esse processo. Sem contar com a agressividade que o irmão mais velho trata o mais novo. Isso acontece porque ele desconhece esse sentimento e como não sabe lidar com o que sente , usa das ferramentas que possui que é o bater, o tocar bruscamente no bebê, entre outras ações.
Neste caso é aconselhável aos pais conversarem com essa criança, explicando que a chegada do irmão veio para alegrar a família e aumentar o amor que existe entre eles.
Vale a pena ressaltar ao irmão mais velho que ele foi amado primeiro e que com a chegada do irmão mais novo o amor não diminuiu e sim cresceu a ponto de que os pais podem amar os dois filhos muito bem.
Existem literaturas que elucidam este tema e podem ajudar tanto os pais como as crianças.
Quer saber mais sobre este assunto? Escreva-me !

sexta-feira, 26 de março de 2010

uma data especial !

Hoje , por volta das 18 hs  nasceu meu sobrinho neto, o Pedro. É muito bom ter uma nova vida em nossa família . Um criança nos renova, nos deixa  com mais esperança, nos torma feliz! Ele é o nosso segundo  sobrinho neto, o primeiro é o Enzo que amanhã comemora 2 anos de vida!
Ver a família crescendo, é muito gostoso, principalmente para nós ( eu e minha irmã) que não temos mais nossos pais vivos e nem nossos avós. Agora minha irmã Denise  é a avó da família.  Lembro-me dos tempos em que brincavamos  juntas, apesar da diferença de idade ( 6 anos). Passamos por tantas coisas juntas e agora poderemos comemorar juntas a chegada do pequeno Pedro.
Quero aproveitar este espaço que tenho, para desejar tudo de bom para o Pedro, que sua vida seja  repleta de amor, paz e saúde e que possamos paparicá-lo muito!!!
Aproveito também para  desejar ao Enzo muitas felicidades pelo seu aniversário. Que continue sendo esse menino lindo e especial para todos nós. Saudades de você, Enzo!
Que Deus ilumine nossa família com muitas crianças , e que possamos vê-las crescendo e felizes!
Um beijo !

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sexualidade infantil

Hoje fiz uma palestra muito dinâmica em uma escola sobre a sexualidade na primeira infância.
Foram mais de 2 horas conversando com pais interessados sobre  a questão sexual, como transmitir valores de forma  eficaz e natural.
Muitas dúvidas foram levantadas e juntos encontramos respostas para todas. É muito bom trabalhar com pais  que se preocupam com o desenvolvimento de seus filhos!
Parabéns pela inicitativa da escola em abrir um espaço para um tema, que par muitos, chega a ser polêmico.
Um abraço

segunda-feira, 8 de março de 2010

Projeto Chave Mestra



Criado pela psicopedagoga Débora Corigliano, o Projeto Chave Mestra nasceu da necessidade do educador em lidar com as dificuldades que seus alunos apresentam dia – a – dia. Este projeto visa o desenvolvimento saudável da criança, dentro do contexto escolar apoiando, informando e colaborando na ação do professor.
Após pesquisas com educadores, notou-se uma preocupação em trabalhar com projetos ou até mesmo dinâmicas diferenciadas para ajudar o aluno com dificuldades no seu desenvolvimento escolar. Com a atenção do professor e a participação dos pais, muitos problemas são resolvidos com facilidade, segurança e o professor sente-se motivado a continuar seu trabalho.
Público-alvo – Educadores da Educação Infantil e Fundamental de escolas Públicas e Privadas – Pais e comunidade escolar

Proposta

Através de palestras interativas, muitos temas são abordados de forma simples e direta, além de um texto de apoio ao professor.
As palestras são realizadas nas escolas, em salas de aula, auditórios ou em outro local adequado para o acolhimento dos professores e quando necessário para os pais também.
Temas como:

Quem é meu aluno? (destinada a cada faixa etária, com observações sobre os aspectos, emocional, físico, motor e cognitivo)

Bullyng na educação infantil. Como lidar?

Reunião de pais. Como cativar e envolver os pais dos alunos no contexto escolar.

Dificuldades de aprendizagem.

Limites e respeito.

Regras e combinados.

Incentivo a Leitura.

Estes e muitos outros temas são apresentados em forma de palestras rápidas e pertinentes a realidade da escola. Outros temas são apropriados a orientação de pais e podem ser apresentadas nas reuniões escolares.

Sobre a autora

Débora Corigliano é mãe de dois filhos, psicopedagoga e criadora do PROJETO PAIS E FILHOS. Atua como orientadora educacional em instituições e realiza um trabalho de orientação aos pais no processo de educação e relacionamento com seus filhos. Em 2009 lançou o livro “Orientando pais, educando filhos” pela Editora Autores Associados, com palestras em várias instituições de ensino. Realizou o lançamento do livro com uma palestra de orientação no Colégio N.Sra. do Sion em SP, no COLE na UNICAMP e em vários colégios de Campinas e Região.

Colaboradora da revista Projetos Educacionais da Editora Online escrevendo artigos de orientação aos professores de educação infantil e de 1ª ao 5º ano e da revista Direcional Educador. Participa regularmente do programa Mulher. Com. da TV. Séc. 21 , orientando pais e educadores sobre assuntos relacionados a educação dos filhos.
Elaborou, redigiu e participou do Projeto Amigos da Escola da Rede Globo de Televisão, pela EPTV- Campinas, com a parceria e aprovação da UNDIME e CONSED nas fases de 2009 e 2010.

Contato: deboracorigliano@hotmail.com
verdequetequeroverde@uol.com.br 

segunda-feira, 1 de março de 2010

Hora de meu filho ir para a escola. Como adapta-lo?


Quando comecei a escrever este artigo , recebi um e-mail de uma leitora sobre este tema e resolvi coloca-lo aqui como exemplo para muitas famílias que passam por essa mesma situação.

“Tenho uma filha e estou grávida novamente . Desde que descobri que estou grávida decidi colocá-la na escola, e também já venho conversando com ela sobre o novo bebê. As aulas começaram na semana passada, e não consigo deixa-la na escola de jeito nenhum. Se eu me ausento da classe por alguns segundos ela já começa a chorar e só para quando eu volto. Tentei deixa-la chorando um pouco, afinal as próprias professoras me disseram que seria necessário, porém ela chorou desesperadamente por uns 15 minutos seguidos e não parava, assim a pedagoga achou melhor eu voltar. Depois desta semana na escola ela não me larga mais. Fui ao restaurante e quando me levantei para tirar minha comida ela chorava muito e só parou quando eu voltei e peguei-a no colo, o mesmo ocorre quando eu vou tomar banho. Agora não sei se ela vem tendo este comportamento devido a escola ou ao bebê que estou esperando . Todos me dizem que ela já sente. Estou meio apavorada, não sei se desisto de coloca-la na escola,apesar de achar que apenas estarei adiando um problema. Ela sempre foi muito apegada a mim, mas sinto que agora está ainda mais. Será que é conveniente procurar ajuda de um psicólogo infantil. Tenho muito medo da reação dela quando o bebê nascer, portanto acho que tenho que fazer algo antes disto. Se puder me dar alguma orientação, ficarei muito grata.

Outra dúvida, devo realmente larga-la chorando na escola para que ela acostume? O pai levando-a para a escola , a adaptação pode dar mais resultado? Quanto tempo demora esta adaptação? Podem existir casos em que a criança não se adapte e não possa freqüentar a escola nesta idade?

Desde já muito obrigada!”.
Esse caso é muito comum com mães e pais que passam por esse período de adaptação com seus filhos na escola. Algumas crianças passam por isso de forma tranqüila e os pais ficam até preocupados , pois esperavam algumas reações de insegurança e medo, mas tudo correu bem. Porém na maioria dos casos as crianças sentem essa nova fase, esse desafio que surge a sua frente e precisam do apoio da família para supera-la. A adaptação é da família e não somente da criança, pois os pais precisam confiar nas pessoas que passarão a cuidar de seu filho , a criança precisa fazer vínculos afetivos com essa nova pessoa (professora) e aprender a viver harmoniosamente com outras crianças em um ambiente diferente ao que ela sempre viveu. Tantas coisas, muitas mudanças e as expectativas da família são grandes. O que fazer?
 Ter certeza que a escola escolhida é a ideal para seu filho .
 Confiar nas pessoas que irão cuidar de seu filho.

 Evitar comparações com outras crianças. Seu filho precisa se sentir confiante e feliz neste momento.

 Não faça comentários sobre a adaptação na presença da própria criança.

 Evitar ao máximo levar a criança de volta para casa, pois ela irá associar o choro ao retorno para casa, que, nesse início, ainda é o local que traz mais segurança.

 A Escola está preparada para responder às dificuldades da adaptação que não devem ser vistas como obstáculos, mas como conquistas pessoais das crianças, necessárias para o seu crescimento.

 Quando você for buscá-lo, ele pode chorar como um desabafo das tensões deste período de adaptação, isso é normal e deve ser respeitado.

 A sala de aula é um espaço que deve ser respeitado e sua presença nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará com que as outras crianças também cobrem a presença de seus pais . Porém se for extremamente necessário sua presença, é aconselhável o mínimo possível de interferência na dinâmica da classe, para que seu filho perceba que seu referencial escolar é a professora e com isso estabeleça um vínculo de confiança.
O tempo da adaptação varia de escola para escola , o mais sensato é começar por 2 horas e depois ir aumentando gradativamente. Não existe prazo determinado para uma adaptação, podem durar 4 dias como 1 mês. O importante é que seja feita com calma e paciência.
E o choro? Muitos pais ficam muito inseguros quando vêem que seus filhos choram durante este período. Acham, às vezes, que a criança está em estado de sofrimento e acabam por abortar este processo ou deixa-lo para o próximo ano. O choro é uma forma de expressar um sentimento. Normalmente a criança chora porque não consegue expressar com palavras o que está sentido. Numa situação nova é normal uma certa ansiedade, um medo , a dúvida pelo desconhecido. Nesse momento a pessoa responsável pela adaptação saberá contornar esse choro e transformar esse momento em algo prazeroso. Mesmo se a criança não chorar é importante respeitar o tempo de adaptação. É sempre bom deixar “o gostinho de quero mais” para que a criança sinta vontade de voltar no dia seguinte.
Pais e escola devem se comunicar muito neste período, a troca de informações é muito importante e facilitará a adaptação da criança.
Quer saber mais sobre esse assunto?

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