sábado, 29 de agosto de 2009

Ser canhoto...



Dia 13 de agosto é o dia do canhoto! Eu desconhecia esta data até pouco tempo atrás. Assim como eu, acho que muitos canhotos também a desconhecem!
Antigamente os canhotos sofriam muito, por esse motivo é que eles têm uma data especial, pois não descobri se existe o dia do destro. Bom, deixando as comemorações de lado, a criança canhota passou por muitos castigos e tapas, pois era estimulada a deixar a mão esquerda amarrada para tentar usar somente à direita. Com essa ação os pais prejudicavam muito o desenvolvimento de seus filhos, sem saber ao certo o que estavam fazendo.
Hoje essa situação é diferente. As crianças são estimuladas a usar a mão (direita ou esquerda) que mais facilita sua coordenação motora.
Os pais devem ficar atentos para a preferência da criança em segurar objetos, usar talheres e escrever. E quando isso acontecer avisar a escola, para que ajudem essa criança.
Alguns objetos são feitos para os canhotos, como tesouras, abridores de lata, mouses, etc. Existe um site americano www.thelefthand.com, que comercializa diversos objetos específicos para canhotos.
Nesta quinta feira, dia 03/09, estarei no programa Mulher. Com da TV Sec. 21 falando sobre este assunto. Você é meu convidado!

Um abraço

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Educação inclusiva

Se pesquisarmos sobre educação inclusiva, encontraremos muitas teorias defendendo a participação ativa da criança dentro do ensino regular. Em uma das pesquisas que fiz encontrei uma que define de forma objetiva este tema: "A Educação Inclusiva implica um processo contínuo de melhoria da escola, com o fim de utilizar todos os recursos disponíveis, especialmente os recursos humanos, para promover a participação e a aprendizagem de todos os alunos, no seio de uma comunidade local.A Declaração de Salamanca sustenta que as escolas regulares com uma orientação inclusiva são o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, de edificar uma sociedade inclusiva e de conseguir educação para todos. Além disso, proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e promovem a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade, de todo o sistema educativo."Ainscow, Mel. (1999)
Quando lecionava em uma escola particular, havia, naquela época uma classe de alunos especiais. Todas as crianças da escola os tratavam de modo diferente, alguns zombavam, outros ajudavam, outros simplesmente ignoravam. Até a professora da turma era citada como “alguém especial”, pois tinha muita paciência com “aqueles alunos”, aplicava práticas pedagógicas diferenciadas, saía cantando ou fazendo algo totalmente fora do tradicional com os alunos. Hoje percebo que ela era a que mais se divertia com seu pequeno grupo. Porém, por muitas vezes a escola passou por situações delicadas com o preconceito e a discriminação que existe na sociedade.
Quando falamos em educação inclusiva , pensamos diretamente no papel do professor. É ele que enfrenta as dificuldades no dia-a-dia , precisando controlar uma classe com muitas crianças, ativas e questionadoras, precisando dar a mesma qualidade de ensino para um aluno com menos compreensão, porém com total direito a participar de tudo o que a escola tem para oferecer.
Muitas escolas nomeiam-se inclusivas , porém em sua prática diária , nada sabem ou nada mudam para receber esse aluno. A escola regular precisa, para ser inclusiva, mudar alguns papéis. Deve-se trabalhar com a equipe de professores, coordenadores e pais propiciando uma troca e uma especialização para que juntos, integrem este aluno e sua família ao contexto escolar. O professor precisa buscar novas estratégias, baseando-se em pesquisas e no suporte técnico oferecido pela unidade escolar, pois além das mudanças na rotina e na proposta pedagógica, a escola deve oferecer o mínimo de condições físicas para receber este aluno.
Se por ventura o aluno especial contar com o atendimento da escola regular e também receber apoio de profissionais especializados, a integração entre as equipes deverá acontecer rapidamente: quando todos falarem a mesma língua e objetivarem o crescimento e o desenvolvimento do aluno no processo de inclusão, todas as partes sairão ganhando.
Também é comum observar o professor que recebe em sua classe diversos alunos em diferentes níveis de aprendizado, alguns com necessidades especiais, outros com dificuldades no processo de aprendizagem. Conciliar uma turma tão heterogênea é uma arte, para a qual o professor precisa do suporte da escola.
Sempre escrevo em meus artigos para o professor olhar com atenção para seus alunos. Agora meu apelo é para os diretores de escola olharem com atenção para seus professores que criam, ampliam e renovam a cada dia a forma de lidar e desenvolver os conteúdos com seus alunos. O aluno precisa do professor assim como o professor precisa do apoio da direção e coordenação, para enfrentar com sucesso as dificuldades da educação brasileira. Com dedicação e apoio por parte do professor, o aluno que precisa da escola como elo entre a sua necessidade e a busca pela aceitação social terá nesta ação um foco para seu desenvolvimento.

No Brasil existe um programa de inclusão que garante o acesso de todas as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais ao sistema regular educacional público. Estas leis regularizam a educação de inclusão:
 Constituição Federal de 1988 - Educação Especial
 Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial
 Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial
 Lei nº 10.436/02 – Libras
Bibliografia:
Titulo: Caminhos pedagógicos da inclusão
Autor: Maria Teresa Egler Mantoan
Editora: Memnon

Titulo: Inclusão: um guia para educadores
Autor: Susan Stainback
Editora: Artes Médicas

Titulo: Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva
Autor: Rosita Edler Carvalho
Editora: Mediação

domingo, 16 de agosto de 2009

Por onde ando.....

Lançamento do meu livro no Colégio Sion em S.P
Programa Mulher.Com
TV. Sec. 21






Programa Band Revista


TV Bandeirantes -Campinas











Lançamento do meu livro
Livraria Saraiva Shopping Iguatemi











Palestra no lançamento

do Livro









Programa Jeito de Ser - Rede Família











quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Afeto



Começo este artigo citando uma frase de Rubens Alves que descreve a diferença do afeto na carreira do professor / educador: “Professores, há aos milhares. Mas professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.”
Quando éramos alunos nos identificávamos com alguns professores, de alguns gostávamos mais, de outros nem tanto e conseqüentemente nosso rendimento escolar também seguia a mesma linha. Conseguíamos boas notas nas matérias com as quais tínhamos um relacionamento afetivo com o professor.
Hoje em dia, apesar dos avanços tecnológicos, da figura passiva do professor dentro da sala de aula em comparação a vida globalizada que o aluno tem acesso, a afetividade deve ocupar um espaço importante. Estratégias diferenciadas dentro de sala de aula ajudam muito a prender a atenção do aluno, diversificando a aula e mantendo a turma “ligada” na proposta pedagógica. Porém se não houver a afetividade em cada atividade, o objetivo não é atendido.
Quando me refiro à afetividade, não quero dizer que o educador bonzinho, permissivo, legal e amigo é o melhor, longe disto. A relação de afetividade que o educador deve manter com seus alunos permeia o respeito mutuo, o diálogo, a troca de experiências, a capacidade de perceber a individualidade de cada aluno e a competência pedagógica. Esses fatores transformam o profissional da educação em um educador que além de conseguir seus objetivos pedagógicos, forma amigos ao longo do ano letivo e fortalece esse relacionamento e a experiência que isso lhe proporciona. Estudos têm demonstrado a importância do afeto como mecanismo para aquisição do saber. Comprovadamente, ele ajuda a nossa cognição, sendo em grande parte responsável pelo sucesso do aluno na escola.
Mas você pode me perguntar: Como conseguir isso em uma classe totalmente heterogênea, com alunos em idades e momentos sociais diferentes, sem interesse nenhum em estar na sala de aula? Eu arriscaria dizer... Dê o primeiro passo. Comece algo novo dentro desta turma. Ninguém rejeita atenção. Alunos têm por si só uma carência intrínseca em aprender, em ser diferente, em ter sucesso, seja ele por quais meios e nós educadores temos essa capacidade de supri-los, alguns o fazem por meio de autoritarismo, obrigatoriedade. Porque não tentar de outra forma, com afetividade, com “olho no olho”, com dedicação e amor. Não é tarefa simples, mas ser educador não é fácil. E se escolhemos este caminho, é porque sabemos que encontraremos flores e pedras. Temos a habilidade de transformar as pedras em flores, cabe a nós darmos o primeiro passo. Através de uma aproximação afável, utilizando a mesma linguagem que nossos alunos usam e despertando o interesse pelo que é proposto, a aula será prazerosa para ambos.
Temos que ter sim, uma preocupação com a homogeneização da turma, mas lembrando sempre do respeito que devemos a cada aluno como ser único.
Uma relação social saudável se faz de momentos únicos. Educador faça valer este título. Motive-se a começar um projeto de afetividade dentro da sala de aula. Você tem essa competência. O resultado certamente será positivo, alunos interessados, relacionamento tranqüilo, objetivos alcançados. Mas repito isso não se dá do dia para a noite, exige paciência, perseverança, reciprocidade e muita força de vontade.
Vale a pena tentar! Boa sorte.

Débora Corigliano
Psicopedagoga

Referencia Bibliográfica:
Livro: Afeto e aprendizagem
Autor: Eugênio Cunha
Editora: Wak

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ajudando o professor!


Como vocês já sabem, eu gosto muito de escrever! Além do meu livro e dos artigos periódicos, escrevo mensalmente para uma revista que visa ajudar o professor em todas as áreas de atuação.
Normalmente gosto de escrever textos de orientação e motivação ao educador.
Já abordei vários assuntos como a moral, a sexualidade e o respeito dentro da sala de aula. Assuntos mais específicos como dislexia, dificuldade de leitura e déficit de atenção também foram citados em forma de artigos com muitas informações e orientações.
Sei que muitos professores não possuem condições para uma constante reciclagem ou cursos específicos. Acredito que um texto informativo auxilia o professor a detectar o problema em sala de aula e partir para uma ajuda mais específica. Esse é o meu objetivo quando abordo um tema pertinente a sala de aula.
As aulas voltarão em breve, aliás, já deveriam ter voltado. As crianças estão ansiosas para rever os amigos e seus professores.
Professor: faça desse novo reencontro algo especial, transforme esse novo semestre que vai iniciar, em meios a tanta turbulência, em algo positivo para você e seus alunos. Vocês terão mais 5 meses de convivência diária. Pense nisso de forma positiva e prazerosa, afinal você escolheu essa carreira. Vá em frente!
Um abraço

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ser pai ...


Ontem participei do programa Mulher.Com da Tv Século 21, falando sobre o dia dos pais. Tomei por base em nossa conversa, um texto que escrevi sobre essa data. O qual transcrevo aqui.
Ao nascer o bebê precisa da mãe para suprir sua vital necessidade que é a amamentação. Em suas outras necessidades o pai pode perfeitamente fazer sua parte. Porém esbarramos em um dilema social que o pai, nos primeiros dias, mal sabe segurar seu filho, quanto mais cuidar dele! Este estigma deve ser mudado, os homens hoje em dia, já conseguem e em muitas vezes com melhor qualidade, realizar tarefas antes dita somente como atividades femininas. Cozinham, costuram, organizam a casa e também realizam os cuidados com seus filhos.
Só que para isso ser bem sucedido, eles precisam vivenciar esse cuidado, eles não tem o instinto materno, eles precisam aprender, e só aprendem fazendo.
Nós mulheres lidamos melhor com os bebês, porque desde meninas fomos estimuladas a segurar bonecas no colo, a brincar de cuidar de um bebe, etc.
Vejo muitas mães com medo de deixar o bebê com o pai, e depois acabam cobrando dele essa atitude do cuidar. Vamos permitir aos homens essas experiências. São positivas para todos. Para o bebê, que terá um contato mais intimo com seu pai, para a mãe que poderá ter alguns momentos de descanso e para o pai que exercerá seu real papel.
Mas e quando os pais se separam? Normalmente a mãe fica com a árdua tarefa de educar e o pai com a deliciosa tarefa de recrear. Isso não é fato. Se antes, enquanto o casal estava junto o pai exercia também uma função cuidadora, na separação ele continuará fazendo isso, mesmo que somente aos finais de semana. Agora se durante o casamento o pai era apenas uma figura coadjuvante na educação dos filhos, na separação a postura dele será a mesma, ou melhor, será sempre o amigo do filhão, pois nunca colocou nenhuma regra e não será agora que isso vai acontecer.
Mães deixem os pais serem mais participativos. Pais queiram participar mais da vida de seu filho em todos os aspectos. Além de tudo isso a figura masculina é muito importante na vida da criança. Em cada fase, tanto menino como menina precisam da presença do pai, da referencia masculina, do relacionamento e do exemplo que somente um pai pode oferecer.
Existem mulheres que optaram pela produção independente, em algum momento da vida dessa criança a ausência do pai virá a tona. Mesmo que a mãe supra todas as necessidades físicas e emocinais.
Aproveito este espaço para desejar a todos os pais muita sabedoria na educação dos filhos, e lembrem-se vocês são exemplos! Parabéns por essa data que deve ser lembrada diariamente.
Um beijo especial para o Vladimir que é o pai dos meus filhos e um lindo exemplo de vida!
Um abraço !