segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bater nos filhos!

ENTREVISTA DEBORA CORIGLIANO- JORNAL A TRIBUNA


Castigo não é fazer criança sofrer

A psicopedagoga Debora Corigliano,especialista em Educação

Infantil, autora do livro “Orientando Pais, Educando Filhos” e criadora

do Projeto Pais e Filhos, em que trabalha com orientação em escolas e empresas, diz que é contra palmadas e que os pais devem evitar chegar ao ponto de usarem esse artifício.

A TRIBUNA - Com a discussão da lei que ficou conhecida como

“Lei da Palmada”, como a senhora acredita que os pais devem agir para impor limites?

DEBORA CORIGLIANO - O assunto é polêmico, mas, pessoalmente, sou contra bater nos filhos,mesmo que seja aquela palmada que chamam de educativa. Há várias maneiras de orientar e educar uma criança sem a violência. O que acontece é que o pai falauma, duas, três vezes, chantageia e depois perde o controle e acaba batendo,

beliscando.

> Qual seria a solução?

O pai não pode deixar chegar a esse ponto, de ter de falar várias vezes. Imagine um elástico, que de um lado tem uma criança estruturada,que sabe qual o seu objetivo, e do outro, um pai desestruturado.

Por exemplo, o filho está assistindo a um desenho e o pai manda tomar banho. Ele não vai. Aí o pai perde a paciência e leva na marra, bate. Já o pai estruturado falaria para que o filho assistisse até dar a propaganda.

Se ele não fosse, com toda calma,desligaria a TV e colocaria para o

banho sem falar nada. Lá pela terceira vez, ele iria sem reclamar.

> Mas dá para se manter semprecalmo?

Existem outras situações, como as de perigo, por exemplo. Vejo que muitos pais, quando a criança sobe em algum lugar, arrancam a criança e dão um tapinha.O certo é descê-lo, ficar na altura dele, segurá-lo e dizer que não gostou do que fez, pois é perigoso. O grande problema é que, quando é para repreender, muitas mães falam manso: “Olha não pode subir aí, filho”. Ele não vai obedecer.

> Quanto ao castigo, então, o que os pais podem fazer?

Primeiro, temos de entender que o problema de dar um tapinha só, é que vai chegar um momento em que o pai tem de dar um tapa mais forte. Depois de um tempo, esse tapa também não adianta mais e a criança não liga. Ela fica cada vez pior.Sempre oriento que, se vai castigar,punir ou partir para a perda de privilégios, como queira chamar,tem que ser diretamente relacionadoao ato.

> Como assim?

Se o menino não arrumou o quarto, não tem que tirar o computador ou a televisão. O objetivo do castigo não é fazer a criança sofrer.Ela tem que aprender com o erro.Se ela não arrumou o quarto,ela pode ter que arrumá-lo por uma semana perfeitamente, por exemplo.Se está indo mal na escola, pode ter que estudar em casa mais horas ou ler um livro e depois contar o que aprendeu.

> E quanto às táticas de colocarnos chamados cantinhos?

Com as crianças menores, pode até funcionar, mas no máximo 2 minutos. Ninguém vai ficar pensando no que fez por uma hora e meia. Nem nós, que somos adultos.Não se pode trocar a finalidade do cantinho também. Cama é lugar gostoso para dormir e não deve ser associada ao castigo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tenho 3 meninas. Uma mais crianca do q a outra. Jessica 8. Elenilce 10 e Indianara 12. Uma mais respondona q a outra. Nada q um puxao d orelha nao resolva. E na hra do banho. A menor qr q eu ajud-a. As outras duas por ciumes, tbm qerem. Ja stao mocinha. Pelo mens umas 3 vez por cmana, tnho q gritar ao ponto d dar umas palmadas. E o pai... Filhinhas pra ca, filhinhas pra la. Asim nao da, né?

Edson disse...

De umas palmadas no pai dlas, tbm! Risos. . .